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Nunca podemos esquecer os pais


Não faltam crenças falsas sobre o relacionamento dos adolescentes.

Talvez a mais perniciosa seja a que considera os pais menos importantes na adolescência porque, dizem, os jovens têm tendência a só ligar aos amigos. É verdade que o grupo de pares tem importância nesse período do desenvolvimento, mas todos os estudos e inquéritos de opinião mostram que a principal influência continua a ser a dos pais.

Que nos diz a investigação sobre o modo de educar os jovens? Em primeiro lugar é crucial ter um estilo parental adequado, o que quer dizer ter um conjunto adequado de atitudes e comportamentos face aos filhos que contribuam para o seu desenvolvimento saudável e responsável. Sabe-se hoje que o autoritarismo não funciona e que o estilo persuasivo é o que leva a uma melhor evolução dos mais novos. Assim, a parentalidade denominada «construtiva» é a melhor garantia de um bom futuro para os filhos. A parentalidade construtiva consiste em envolvimento afetivo permanente, boa gestão entre a promoção da autonomia do filho e o necessário controlo do seu comportamento, orientação na vida dos mais novos, respeito pela intimidade, elogio do esforço e do mérito e disciplina adequada à idade. Os pais podem e devem ser ajudados a desenvolver competências no campo da parentalidade e do estilo parental, através de programas específicos a partir da escola, do centro de saúde ou da autarquia. Esta é uma tarefa da comunidade que não deve ser negligenciada e que deveria ser uma prioridade social e política.

Os pais que adotam um estilo persuasivo e que educam para o respeito recíproco e para a autonomia responsável, vivem a adolescência dos filhos como um período de maravilhosas descobertas mútuas, que a todos deixará boas recordações.

Infelizmente na grande maioria das nossas escolas a cooperação entre os pais dos adolescentes e os professores é muito escassa, ou mesmo conflitual. Com a obsessão do controlo disciplinar, os docentes ouvem pouco os alunos e tendem a responsabilizar os pais pelo mau comportamento dos estudantes. As reuniões de encarregados de educação têm pouca adesão dos pais e apenas se ouvem lamentos de cada lado. A cooperação deveria partir de projetos dinamizados pelos alunos, ajudados pelos seus professores e incentivados pelos pais. Poucos progenitores faltarão quando forem convidados a assistir a iniciativas dos seus filhos estudantes; as reuniões continuarão desertas se apenas se ouvirem queixas ou relatórios sobre faltas e testes.

As escolas devem instruir, mas também educar. Os jovens precisam de melhorar a sua regulação emocional, melhorando o autoconhecimento, o autocontrolo, o relacionamento interpessoal com todos os elementos da escola e a gestão de conflitos.

De pouco servirão as disciplinas «estruturantes», como dizia um ministro que não deixou saudades, se a escola não se preocupar em permanência com o bem-estar emocional de todos os que a frequentam.

 
Daniel Sampaio
Professor Catedrático Jubilado de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Fundador da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar
Autor de vários livros sobre a família, a adolescência e a escola
 
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